Novo responsável pela defesa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o advogado Nabor Bulhões afirmou ao G1 nesta quinta-feira (16) que seu cliente admite que está envolvido com a atividade de jogos.
Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apontado como chefe de uma organização que explorava jogos ilegal em Goiás e corrompia agentes públicos para manter o negócio.
Nabor Bulhões assumiu recentemente a defesa de Cachoeira, depois que o advogado Márcio Thomaz Bastos deixou o caso.
Embora admita que a atividade de jogos não é legalizada, Bulhões diz que a contravenção cometida por seu cliente é de "natureza menor".
"Ele [Cachoeira] está muito abatido, profundamente abatido, mas ele afirma que não cometeu crimes. Ele afirma e reafirma. Diz que estava envolvido com a atividade de jogos. Que, no máximo, isso configuraria contravenção penal, e é verdade. [...] Explorar atividade de jogo não é crime no Brasil. É contravenção penal. É uma infração de natureza menor [...] Não existe no Brasil a figura de organização criminosa", disse o advogado ao G1.
Segundo a Procuradoria Geral da República, a contravenção é uma infração penal classificada como um "crime menor". Por isso, é punida com pena de prisão simples e/ou de multa.
Em entrevista ao Fantástico, a mulher de Carlos Cachoeira, Andressa Mendonça, disse desconhecer as supostas contravenções do marido e afirmou que ele “só opera negócios lícitos”.
“Meu marido não é bicheiro. O Carlos que eu conheço é empresário, faz consultoria para empresas. Trabalhou durante anos, aproximadamente dez anos, com a loteria do estado de Goiás. Trabalhou no ramo de medicamentos”, disse na edição do programa de 1º de julho.
Desde que assumiu a defesa de Cachoeira, o advogado esteve em duas ocasiões com o contraventor na penitenciária da Papuda, em Brasília, onde Cachoeira está preso. Os encontros, ao todo, duraram cerca de três horas.
"Não há ser humano que possa não ficar deprimido num ambiente daqueles [prisão]. Na minha avaliação, ele [Cachoeira] envelheceu uns 20 anos em meses".
O advogado afirmou que ainda não conseguiu analisar todos os processos envolvendo Cachoeira. Segundo ele, a estratégia de defesa ainda está sendo definida.
"O que eu posso dizer, nas primeiras análises que eu fiz, é que estou me convencendo de que há ilegalidades insanáveis no plano das interceptações telefônicas. Há vícios insuperáveis e, portanto, numa primeira avaliação, a investigação está marcada pela ilegalidade, está marcada pela prova ilícita".
Cachoeira ainda não falou diante da Justiça. Na audiência sobre a Operação Monte Carlo, na Justiça Federal de Goiânia no final de julho, o contraventor manteve o silêncio. A estratégia também foi usada no depoimento em que daria à CPI Mista que investiga as relações do contraventor com políticos e empresários. Nesta terça (14), a CPI aprovou um novo requerimento de convocação de Cachoeira. Segundo o advogado, ainda não há definição sobre um possível depoimento do contraventor aos parlamentares.
"No presente momento, estou na fase de análise. Não poderia te antecipar o que ele faria em relação à CPI. Eu estou examinando esta questão. Obviamente, quando ele vier a ser notificado, eu irei examinar rapidamente esta questão e defini-la com ele próprio, que é o grande interessado nisto", disse.
Segundo o advogado, há uma "mistificação" em torno das atividades de Cachoeira.
"Não. Não é [criminoso]. Existe muita mistificação em torno das atividades dele. Ele é um empresário, inclusive com empresas e atividades lícitas, que queria também explorar o jogo. Isto, no máximo seria contravenção, não crime", reforçou.
Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, apontado como chefe de uma organização que explorava jogos ilegal em Goiás e corrompia agentes públicos para manter o negócio.
Nabor Bulhões assumiu recentemente a defesa de Cachoeira, depois que o advogado Márcio Thomaz Bastos deixou o caso.
Embora admita que a atividade de jogos não é legalizada, Bulhões diz que a contravenção cometida por seu cliente é de "natureza menor".
"Ele [Cachoeira] está muito abatido, profundamente abatido, mas ele afirma que não cometeu crimes. Ele afirma e reafirma. Diz que estava envolvido com a atividade de jogos. Que, no máximo, isso configuraria contravenção penal, e é verdade. [...] Explorar atividade de jogo não é crime no Brasil. É contravenção penal. É uma infração de natureza menor [...] Não existe no Brasil a figura de organização criminosa", disse o advogado ao G1.
Segundo a Procuradoria Geral da República, a contravenção é uma infração penal classificada como um "crime menor". Por isso, é punida com pena de prisão simples e/ou de multa.
Em entrevista ao Fantástico, a mulher de Carlos Cachoeira, Andressa Mendonça, disse desconhecer as supostas contravenções do marido e afirmou que ele “só opera negócios lícitos”.
“Meu marido não é bicheiro. O Carlos que eu conheço é empresário, faz consultoria para empresas. Trabalhou durante anos, aproximadamente dez anos, com a loteria do estado de Goiás. Trabalhou no ramo de medicamentos”, disse na edição do programa de 1º de julho.
Desde que assumiu a defesa de Cachoeira, o advogado esteve em duas ocasiões com o contraventor na penitenciária da Papuda, em Brasília, onde Cachoeira está preso. Os encontros, ao todo, duraram cerca de três horas.
"Não há ser humano que possa não ficar deprimido num ambiente daqueles [prisão]. Na minha avaliação, ele [Cachoeira] envelheceu uns 20 anos em meses".
O advogado afirmou que ainda não conseguiu analisar todos os processos envolvendo Cachoeira. Segundo ele, a estratégia de defesa ainda está sendo definida.
"O que eu posso dizer, nas primeiras análises que eu fiz, é que estou me convencendo de que há ilegalidades insanáveis no plano das interceptações telefônicas. Há vícios insuperáveis e, portanto, numa primeira avaliação, a investigação está marcada pela ilegalidade, está marcada pela prova ilícita".
Cachoeira ainda não falou diante da Justiça. Na audiência sobre a Operação Monte Carlo, na Justiça Federal de Goiânia no final de julho, o contraventor manteve o silêncio. A estratégia também foi usada no depoimento em que daria à CPI Mista que investiga as relações do contraventor com políticos e empresários. Nesta terça (14), a CPI aprovou um novo requerimento de convocação de Cachoeira. Segundo o advogado, ainda não há definição sobre um possível depoimento do contraventor aos parlamentares.
"No presente momento, estou na fase de análise. Não poderia te antecipar o que ele faria em relação à CPI. Eu estou examinando esta questão. Obviamente, quando ele vier a ser notificado, eu irei examinar rapidamente esta questão e defini-la com ele próprio, que é o grande interessado nisto", disse.
Segundo o advogado, há uma "mistificação" em torno das atividades de Cachoeira.
"Não. Não é [criminoso]. Existe muita mistificação em torno das atividades dele. Ele é um empresário, inclusive com empresas e atividades lícitas, que queria também explorar o jogo. Isto, no máximo seria contravenção, não crime", reforçou.
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