O bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, presta depoimento a partir das 14h desta quarta-feira (1º) na 5ª Vara Criminal de Brasília.
Cachoeira e mais sete pessoas – entre elas o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu – são acusadas pelo Ministério Público do Distrito Federal de tráfico de influência e formação de quadrilha por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público da capital do país.
Os promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do MP concluíram que o grupo de Cachoeira tentou forçar uma dispensa de licitação para a contratação de um sistema de bilhetagem de origem sul-coreana que apenas uma empresa ligada à quadrilha operaria no Brasil.
No final de abril, o porta-voz do governo do Distrito Federal, Ugo Braga, confirmou que pessoas ligadas ao grupo do contraventor entraram em contato com funcionários do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), autarquia responsável pela fiscalização do setor de transportes, para tentar viabilizar negócios com o GDF.
“O esquema de Carlinhos Cachoeira tentou, fez algumas investidas para fazer negócio com o GDF e não conseguiu. A operação de hoje é bem eloquente neste sentido. Nenhuma das pessoas alvo da operação tinha qualquer relação com o governo do DF”, disse Braga na época.
De acordo com o porta-voz, quando assumiu a bilhetagem da Fácil, em junho do ano passado, o GDF cogitou mudar o sistema e teria sido nesta época que representantes do grupo de Cachoeira teriam entrado em contato com funcionários do DFTrans.
Um diretor da autarquia foi afastado preventivamente em maio após ser citado em conversas telefônicas de Cachoeira gravadas pela Polícia Federal. A assessoria de imprensa do DFTrans informou na época que foi o próprio servidor que pediu o afastamento para não atrapalhar as investigações.
Em depoimento no Congresso Nacional em junho, o governador do DF, Agnelo Queiroz, também confirmou a tentativa de fraude.
Ele afirmou que o grupo de Cachoeira tentou introduzir no Distrito Federal um sistema de bilhetagem do transporte público de uma empresa sul-coreana.
"É verdade que houve a trama. Mas o DFTrans não abriu licitação. Como falar em Cachoeira operando licitação no GDF ? Ora, se ele tivesse ligação com o governador, precisaria contratar lobista para chegar até a Secretaria de Transportes? Por favor, não vamos ofender a inteligência alheia", disse Agnelo.
Entenda o caso
Cachoeira está preso desde fevereiro em decorrência de dois mandados de prisão: um é resultado da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal, e outro da Operação Saint Michel, da Polícia Civil e do Ministério Público do DF.
A Saint-Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o envolvimento de agentes públicos e privados em uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal já rejeitou dois pedidos de habeas-corpus apresentados pela defesa de Cachoeira no processo que apura a fraude no sistema de bilhetagem no transporte público do DF.
O bicheiro também é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso Nacional que investiga as relações dele com políticos e empresários. Convocado para depor em sessão da CPI, Cachoeira usou o direito constitucional de ficar em silêncio e não respondeu às perguntas dos parlamentares.
Nesta terça (31), o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos informou que não fará mais a defesa do bicheiro. Procurado pela reportagem do G1, Thomaz Bastos se recusou a comentar o assunto. “Não estou falando sobre isso”, afirmou o ex-ministro.
De acordo com o advogado Augusto Botelho, que integra a equipe de Thomaz Bastos, as explicações sobre a saída do caso serão dadas em um momento posterior. O advogado disse que o rompimento do contrato foi amigável e que já estava sendo discutido com a família. A defesa entrará com as renúncias necessárias.
Cachoeira e mais sete pessoas – entre elas o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu – são acusadas pelo Ministério Público do Distrito Federal de tráfico de influência e formação de quadrilha por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público da capital do país.
Os promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do MP concluíram que o grupo de Cachoeira tentou forçar uma dispensa de licitação para a contratação de um sistema de bilhetagem de origem sul-coreana que apenas uma empresa ligada à quadrilha operaria no Brasil.
No final de abril, o porta-voz do governo do Distrito Federal, Ugo Braga, confirmou que pessoas ligadas ao grupo do contraventor entraram em contato com funcionários do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), autarquia responsável pela fiscalização do setor de transportes, para tentar viabilizar negócios com o GDF.
“O esquema de Carlinhos Cachoeira tentou, fez algumas investidas para fazer negócio com o GDF e não conseguiu. A operação de hoje é bem eloquente neste sentido. Nenhuma das pessoas alvo da operação tinha qualquer relação com o governo do DF”, disse Braga na época.
De acordo com o porta-voz, quando assumiu a bilhetagem da Fácil, em junho do ano passado, o GDF cogitou mudar o sistema e teria sido nesta época que representantes do grupo de Cachoeira teriam entrado em contato com funcionários do DFTrans.
Um diretor da autarquia foi afastado preventivamente em maio após ser citado em conversas telefônicas de Cachoeira gravadas pela Polícia Federal. A assessoria de imprensa do DFTrans informou na época que foi o próprio servidor que pediu o afastamento para não atrapalhar as investigações.
Em depoimento no Congresso Nacional em junho, o governador do DF, Agnelo Queiroz, também confirmou a tentativa de fraude.
Ele afirmou que o grupo de Cachoeira tentou introduzir no Distrito Federal um sistema de bilhetagem do transporte público de uma empresa sul-coreana.
"É verdade que houve a trama. Mas o DFTrans não abriu licitação. Como falar em Cachoeira operando licitação no GDF ? Ora, se ele tivesse ligação com o governador, precisaria contratar lobista para chegar até a Secretaria de Transportes? Por favor, não vamos ofender a inteligência alheia", disse Agnelo.
Entenda o caso
Cachoeira está preso desde fevereiro em decorrência de dois mandados de prisão: um é resultado da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal, e outro da Operação Saint Michel, da Polícia Civil e do Ministério Público do DF.
A Saint-Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o envolvimento de agentes públicos e privados em uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal já rejeitou dois pedidos de habeas-corpus apresentados pela defesa de Cachoeira no processo que apura a fraude no sistema de bilhetagem no transporte público do DF.
O bicheiro também é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso Nacional que investiga as relações dele com políticos e empresários. Convocado para depor em sessão da CPI, Cachoeira usou o direito constitucional de ficar em silêncio e não respondeu às perguntas dos parlamentares.
Nesta terça (31), o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos informou que não fará mais a defesa do bicheiro. Procurado pela reportagem do G1, Thomaz Bastos se recusou a comentar o assunto. “Não estou falando sobre isso”, afirmou o ex-ministro.
De acordo com o advogado Augusto Botelho, que integra a equipe de Thomaz Bastos, as explicações sobre a saída do caso serão dadas em um momento posterior. O advogado disse que o rompimento do contrato foi amigável e que já estava sendo discutido com a família. A defesa entrará com as renúncias necessárias.
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