Está marcado para as 10h15 desta terça-feira (12) o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na CPI que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários. As investigações da Polícia Federal que levaram à prisão do contraventor, acusado de corrupção e exploração de jogos ilegais, mostraram atuação do grupo nos governos de Goiás e Distrito Federal. Nesta quarta, a CPI ouve o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT).
Desde que surgiram as denúncias, Perillo negou relação próxima com Cachoeira e refutou a suspeita de que o grupo teria influência sobre a gestão. Antes da convocação, ele se dispôs a falar na CPI.
Na tarde desta segunda, parlamentares do PT e do PSDB adiantaram as expectativas para o depoimento, o primeiro de uma autoridade do Executivo. Segundo o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), o partido cobrará explicações sobre a venda de uma casa que pertencia ao governador no ano passado e que a PF suspeita que tenha sido comprada indiretamente por Cachoeira. Já surgiram quatro versões sobre o negócio; Perillo nega irregularidades e diz que vendeu a casa para um empresário.
Além disso, Tatto disse que o PT irá focar perguntas nas atividades de Cachoeira em Goiás. O líder sustenta que Perillo teria sido "conivente" com as atividades da quadrilha de jogo ilegal comandada por Cachoeira. "Eu sei que é difícil explicar essa relação íntima que ele tem com o Carlinhos Cachoeira, que é o chefe do crime organizado de Goiás. Até porque se existia a contravenção no estado de Goiás, a responsabilidade de combatê-la era justamente o governo do estado de Goiás", afirmou.
Ainda nesta segunda, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), defendeu Marconi Perillo. Segundo ele, o depoimento do governador servirá para "encerrar um capítulo repetitivo" da CPI do Cachoeira. Para o tucano, as denúncias relativas à venda da casa de Perillo servem para desviar o foco das investigações da comissão.
"Para quem gosta de repetição é um prato cheio, porque essa história do governador tem sido contada e recontada insistentemente, de forma cansativa, para desviar o foco de capítulos importantíssimos dessa CPI, que certamente alcançarão agentes públicos localizados em Brasília. A expectativa é de que encerremos esse capítulo", afirmou.
Atuação em GO
A suspeita sobre a atuação em Goiás é de que Cachoeira cooptasse setores da polícia para manter máquinas caça-níqueis e tivesse influência na nomeação de servidores. Gravações da Polícia Federal ainda apontam que Cachoeira teria comprado, por meio de intermediários, a casa que pertencia a Perillo. Em outra interceptação, Cachoeira ordena que um auxiliar entregue uma caixa contendo R$ 500 mil no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano.
Na semana passada, o radialista Luiz Carlos Bordoni que fez campanhas eleitorais para o tucano disse que recebeu uma parcela do pagamento de uma empresa de fachada ligada a Cachoeira e outra, em espécie, diretamente de Perillo, quando ainda era candidato. Perillo sustenta que a venda da casa foi legal e tinha como comprador o empresário Walter Paulo Santiago. Ele também negou ter entregue dinheiro a Bordoni e processa o jornalista por danos morais.
Após as denúncias, deixaram o cargo a chefe de gabinete de Perillo Eliane Pinheiro e o secretário especial Lúcio Fiúza. A primeira é suspeita de repassar informações, supostamente vindas de Cachoeira, sobre operações da PF com foco em aliados. Ela negou e disse que foi confundida. Já Fiúza é apontado como um dos intermediadores da venda da casa de Perillo, o que ele negou.
Desde que surgiram as denúncias, Perillo negou relação próxima com Cachoeira e refutou a suspeita de que o grupo teria influência sobre a gestão. Antes da convocação, ele se dispôs a falar na CPI.
Na tarde desta segunda, parlamentares do PT e do PSDB adiantaram as expectativas para o depoimento, o primeiro de uma autoridade do Executivo. Segundo o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), o partido cobrará explicações sobre a venda de uma casa que pertencia ao governador no ano passado e que a PF suspeita que tenha sido comprada indiretamente por Cachoeira. Já surgiram quatro versões sobre o negócio; Perillo nega irregularidades e diz que vendeu a casa para um empresário.
Além disso, Tatto disse que o PT irá focar perguntas nas atividades de Cachoeira em Goiás. O líder sustenta que Perillo teria sido "conivente" com as atividades da quadrilha de jogo ilegal comandada por Cachoeira. "Eu sei que é difícil explicar essa relação íntima que ele tem com o Carlinhos Cachoeira, que é o chefe do crime organizado de Goiás. Até porque se existia a contravenção no estado de Goiás, a responsabilidade de combatê-la era justamente o governo do estado de Goiás", afirmou.
Ainda nesta segunda, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), defendeu Marconi Perillo. Segundo ele, o depoimento do governador servirá para "encerrar um capítulo repetitivo" da CPI do Cachoeira. Para o tucano, as denúncias relativas à venda da casa de Perillo servem para desviar o foco das investigações da comissão.
"Para quem gosta de repetição é um prato cheio, porque essa história do governador tem sido contada e recontada insistentemente, de forma cansativa, para desviar o foco de capítulos importantíssimos dessa CPI, que certamente alcançarão agentes públicos localizados em Brasília. A expectativa é de que encerremos esse capítulo", afirmou.
Atuação em GO
A suspeita sobre a atuação em Goiás é de que Cachoeira cooptasse setores da polícia para manter máquinas caça-níqueis e tivesse influência na nomeação de servidores. Gravações da Polícia Federal ainda apontam que Cachoeira teria comprado, por meio de intermediários, a casa que pertencia a Perillo. Em outra interceptação, Cachoeira ordena que um auxiliar entregue uma caixa contendo R$ 500 mil no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano.
Na semana passada, o radialista Luiz Carlos Bordoni que fez campanhas eleitorais para o tucano disse que recebeu uma parcela do pagamento de uma empresa de fachada ligada a Cachoeira e outra, em espécie, diretamente de Perillo, quando ainda era candidato. Perillo sustenta que a venda da casa foi legal e tinha como comprador o empresário Walter Paulo Santiago. Ele também negou ter entregue dinheiro a Bordoni e processa o jornalista por danos morais.
Após as denúncias, deixaram o cargo a chefe de gabinete de Perillo Eliane Pinheiro e o secretário especial Lúcio Fiúza. A primeira é suspeita de repassar informações, supostamente vindas de Cachoeira, sobre operações da PF com foco em aliados. Ela negou e disse que foi confundida. Já Fiúza é apontado como um dos intermediadores da venda da casa de Perillo, o que ele negou.
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